O que é e como funciona o diferencial de um carro?

Quinta-feira, 19/05/2022

Para entender como funciona o diferencial de um carro, você deve primeiro saber que esse é um mecanismo do sistema de transmissão essencial para regular a velocidade de rotação das rodas motrizes nas curvas. Ao fazer este tipo de manobra, a roda externa deve percorrer uma distância maior que a roda interna, portanto sua velocidade de giro deve ser maior.

O grupo cônico-diferencial é composto por um conjunto de engrenagens e pinhões que reduzem as voltas provenientes do eixo de transmissão e transferem o movimento de rotação longitudinal para os semieixos transversais independentes de cada roda (ou rolamentos).

Nos veículos com tração dianteira, o diferencial pode ser encontrado no eixo das rodas dianteiras, geralmente dentro da caixa de câmbio. Nos veículos com tração traseira é montado no eixo traseiro, enquanto nos veículos 4x4 o diferencial está em ambos os eixos.

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Partes do Diferencial

Conhecer suas partes também ajuda na hora de entender como funciona o diferencial de um carro, que é basicamente formado por dois grupos:

  • O grupo cônico. Este grupo é composto basicamente pelo pinhão e pela coroa. Sua principal função é receber o movimento de giro longitudinal do eixo de transmissão e transformá-lo em movimento de giro transversal.
  • O grupo diferencial. Para o funcionamento do diferencial, a função primordial deste grupo é manter constante a soma das velocidades de giro das rodas, permitindo que elas girem em diferentes velocidades. O grupo diferencial é composto basicamente por dois satélites e duas engrenagens planetárias aparafusadas na coroa do grupo cônico. Os planetários são integrados a cada rolamento, de forma que transmitem sua rotação às rodas motrizes. Por sua vez, os satélites giram em torno dos planetas e são os que permitem a diferença de rotação entre as rodas motrizes.

Tipos de Diferencial

O funcionamento do diferencial dependerá da classe em que se encontra. Os tipos mais comuns são descritos abaixo:

  • Torsen (sensível ao torque). Esse tipo de diferencial é capaz de distribuir a potência do motor para cada rolamento de acordo com a demanda de cada roda. Dependendo da resistência que estes exercem contra a superfície da estrada no momento da curva, o diferencial distribui a potência angularmente, transferindo mais torque para a roda que deve girar mais rápido e menos torque para a que deve girar mais lentamente.
  • Tipo Ferguson ou diferencial de acoplamento viscoso. Neste modelo, cada mancal é acoplado a um conjunto de discos intercalados (conduzidos e condutores) dispostos em uma carcaça selada preenchida com um líquido viscoso. A operação do diferencial neste caso consiste em, quando o veículo gira, produz-se um desequilíbrio de tração e, no eixo em que se perde a tração, o deslizamento que se gera entre os discos alternados faz com que o líquido do referido mancal se torne mais denso. Isto leva os discos de acionamento arrastando os discos acionados com maior força e aumentando assim a velocidade de rotação da referida roda.
  • Tipo Haldex ou deslizamento controlado. Este sistema é composto por um conjunto de discos banhados em óleo que unem o eixo de transmissão com o grupo cônico-diferencial. Graças à ação de uma bomba comandada por uma unidade de controle, a unidade envia maior pressão de óleo para movimentar os discos de uma roda ou outra de acordo com a demanda.
  • Tipo eletrônico. Embora esse tipo de tecnologia não seja exatamente um diferencial, ela realiza um trabalho muito semelhante graças ao papel dos sistemas de frenagem e controle de estabilidade (ABS, ESP, etc). Se uma roda perder a aderência e girar mais rápido do que deveria, o freio aciona automaticamente para frear conforme solicitado pela roda correspondente.

Alguns modelos de diferenciais são equipados com sistema de travamento automático. Esse recurso permite que o veículo cancele a operação do diferencial em uma situação adversa. Isso para evitar que, por exemplo, se uma das rodas motrizes estiver elevada ou sobre uma superfície escorregadia, o grupo diferencial dê o torque máximo à referida roda, pois oferece menos resistência e deixa a roda que está mais firme. Esta situação seria perigosa e a operação do diferencial seria ineficaz, portanto, é necessário um sistema de autotravamento que bloqueie automaticamente esta função quando a diferença de rotação entre as rodas motrizes se tornar visivelmente desequilibrada.

Há também diferenciais que podem ser travados manualmente, principalmente em veículos off-road.

Recomendações

Para o correto funcionamento do diferencial é imprescindível realizar as operações de manutenção dentro dos tempos estabelecidos pelo fabricante. As falhas mais graves que o diferencial de um carro pode sofrer são desgaste, quebra ou lascamento dos dentes do grupo cônico ou do grupo diferencial. O aparecimento de ruídos (zumbidos) e vibrações podem alertar para uma falha no sistema.

Para evitar ao máximo esse problema, é imprescindível respeitar os tempos de manutenção estabelecidos pelo fabricante para a renovação do fluido do mecanismo diferencial cônico, utilizar sempre um produto de qualidade de acordo com os requisitos do veículo e, se necessário, renove-o antes em casos de uso intensivo.

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